O Verdadeiro Culto
Tema: o verdadeiro culto a deus
Texto: Neemias 8: 1-12
introduçao:
Vemos
aqui, nesta passagem, uma maravilhosa reunião do povo de Deus, havia uma grande
atração para o povo, eles tinham uma genuína preocupação com a Palavra de Deus!
A Palavra era o maior atrativo; eles não possuíam uma maior preocupação, antes
pediram ao sacerdote que lesse e explicasse a Palavra perante todos que tinham
idade e que "podiam entender; e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro
da Lei". Que glorioso culto foi prestado ao Senhor, a Palavra do Senhor lida e
explicada (Ne.8: 7).
Não havia necessidade de qualquer outro
atrativo ou entretenimento, a Palavra de Deus era tudo o que Eles buscavam!
Haviam deixado para trás a Babilônia, assim como um dia seus pais deixaram o
Egito. Estavam no local escolhido por Deus para manifestar a Sua Glória.Deus, agora voltava a possuir um testemunho na
terra novamente, havia um povo que saíra, que fora resgatado de seu lugar de
escravidão, eles deixaram a Babilônia e estavam experimentado um verdadeiro
Avivamento, tinham fome e sede da Palavra, não queriam ouvir palavras e
pensamentos humanos, queriam a Palavra de Deus lida e explicada aos seus
corações.Ne.8: 4e5- Esdras "abriu o Livro à vista de
todo o povo, porque estava acima dele". Que gloriosa revelação! Deus coloca um
sacerdote sobre o púlpito, acima dos demais, por que razão? A Bíblia responde
com clareza: Para ensinar e ler a Lei de seu Deus, para abrir a Bíblia diante
do povo; "e eram capazes de entender o que ouviam". O Povo colocava-se em pé,
havia reverência e temor diante de Deus e de Sua Palavra, havia solenidade,
havia compreensão da Majestade do Deus Vivo. Havia reverência, havia verdadeiro
avivamento.Ne.8: 6a8- "Leram o Livro da Lei claramente,
dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia". Que grande
avivamento! Como é maravilhoso quando os levitas ensinam correntemente a
Palavra de Deus, sem preocupar-se com técnica s e recursos humanos, sem
considerar o que é ou não agradável ao homem, mas apenas ensinam a Palavra
confiando que o Espírito Santo há de aplicá-la aos sedentos corações, certos de
que os escolhidos se alegrarão no Senhor e na Sua Vontade. As ovelhas amam o
Senhor e a Sua Palavra, mas os cabritos amam o mundanismo e suas ferramentas de
diversão.Ne.8: 9a12- Que grande característica do
verdadeiro avivamento temos aqui: "Todo o povo chorava, ouvindo as Palavras da
Lei". Assim como no pentecoste pois, após a explicação da Palavra, por Pedro,
todo o povo foi constrangido ao arrependimento (Atos2: 37e38). Toda a vida
Cristã se inicia no arrependimento e no compungir-se, ou seja, sentir dor pelo
pecado que habita em nossa natureza. A pregação genuína da Palavra sempre
revela e desvenda nosso coração pecador, sempre nos impulsiona a conversão e
mudança de direção. O povo escolhido, a Igreja de Deus, no velho testamento,
chorava porque fora confrontada pelo pecado, foram lavados pela Palavra
(João15: 3). Quem dera em nossos dias
vivêssemos experiências assim!
Acostumamo-nos a ver, nos cultos, pessoas
chorando porque Deus não lhes concedeu seus mimos e desejos carnais, mas nunca
porque enxergam a vergonha de uma vida sem santidade e sem zelo pela Glória
Santa de Nosso Deus.Então os levitas disseram: "Calai-vos, porque
este dia é santo; e não estejais contristados". Aqui, vemos que os levitas
estavam ensinando uma maravilhosa verdade, isto é: que a "tristeza segundo Deus
produz arrependimento para a salvação que a ninguém traz pesar; mas a tristeza
do mundo produz morte" (IICor.7: 10). Que tremenda revelação o Espírito nos
concede nesta explicação, pois vemos que o enganoso coração do povo pode
facilmente ser enganado. Assim, todos deveriam perceber que a tristeza segundo
Deus tem um propósito específico a cumprir: Ela gera arrependimento para a
Vida. Uma vez que cumpre este propósito, uma vez que houve arrependimento,
conversão e abandono completo do pecado, então a tristeza se vai e uma grande
alegria toma seu lugar. Mas uma situação muito, muito terrível ocorre quando há
uma recusa em deixar o pecado, ou seja, quando o crente tem a revelação do erro
em sua natureza e em seus atos, mas prefere não renunciar; ele, então, se
"retira triste, porque era dono de muitas propriedades"(Mc.10: 22); muitas
propriedades, muitas diversões e muitos atrativos podem prender o coração do
crente neste mundo, de forma que ele já não seja um peregrino esperando por Seu
Senhor, mas um mundano enganjado em viver plenamente no mundo que rejeitou
nosso Senhor dizendo: "não queremos que este reine sobre nos"(Lc.19:14b).
Assim, esta tristeza fica impregnando a vida
do crente carnal, pois ele sabe que sua religião é aparente, não tem
profundidade, é apenas superficial e de conveniência. Por fim, esta tristeza
gera depressões e doenças emocionais, por isso os levitas ensinaram o povo que
a tristeza pode "durar uma noite", mas pela manhã, eles já poderiam se alegrar
e festejar no Senhor. Só continuariam tristes aqueles que se apegassem aos
antigos pecados e não tivessem atingido a alegria da conversão.Ne.8: 13a18- "No dia seguinte ajuntaram-se a
Esdras.......para atentarem nas Palavras da Lei". Que ordem maravilhosa esta, o
povo se reúne para atentar na Lei, ou seja, para aprender e para obedecer que
tremenda reunião!
"Acharam escrito na Lei.....que os filhos de
Israel habitassem em cabanas....."
Que tipologia mais sublime: o povo de Deus precisava
lembrar, precisava atentar, precisava jamais esquecer que eram peregrinos, que
não estavam em casa, que não deveriam fazer deste mundo sua casa, eles jamais
deveriam deixar de ser peregrinos! Nosso Deus exigiu em Sua Lei que, em todos os anos, fosse celebrada a
festa dos tabernáculos e, nesta festa, o povo habitasse em cabanas (Lev.23:
39a43).Para que possamos entender a tipologia, para a
Igreja, que esta festa representa, precisamos compreender o significado da
Palavra tabernáculo. Esta Palavra em seu sentido original faz menção de
habitar, ou seja, quando o povo de Deus peregrinava no deserto, o tabernáculo
que Deus ordenara para o povo construir, representava a habitação de Deus no
meio do povo. Deus estava morando ou tabernaculando com o povo no deserto, Deus
habitava com os peregrinos.O povo ainda não havia chegado na terra
prometida, mas caminhavam peregrinos no deserto montando suas cabanas para
dormirem e descansarem da longa viagem. Assim, Deus ordenara que eles sempre se
lembrassem dessa peregrinação através desta festa anual e que, para sempre, o
povo de Deus se lembrasse de jamais fixar suas raízes neste mundo, pois aqui,
não passamos de peregrinos que devem "preferir ser maltratado junto ao povo de
Deus, a usufruir os prazeres transitórios do pecado" (Heb.11: 25).
"Deus procura os verdadeiros adoradores, que adoram em espirito e em verdadade".